A Regulamentação da Discagem Preditiva no Brasil e no Mundo

Nos últimos anos, as empresas prestadoras de serviço de telemarketing, cobrança e call-center em geral estão sendo cada vez mais pressionadas por leis impostas pelos governos e iniciativas de autorregulamentação criadas pelos contratantes. Como será o futuro dessa prática? Quais são as alternativas que devem surgir?

Para entendermos onde isso tudo pode chegar, é importante compreender a evolução do discador, principalmente a discagem preditiva, no Brasil e no mundo, bem como qual é a forma adotada pelos países da Europa e América do Norte para regulamentação tais atividades.

História da discagem preditiva

A discagem preditiva surgiu da necessidade natural de ocupar melhor a mão de obra contratada para as operações conhecidas como Outbound, ou seja, operações onde uma empresa precisa contatar clientes em altos volumes diariamente.

Além das operações de vendas, conhecidas como “televendas”, existem muitas outras necessidades não tão conhecidas de contato com clientes, seja no formato B2C (empresas com pessoas físicas) como B2B (empresas com empresas).

Além do telemarketing (televendas), cobrança (telecobrança), temos as modalidades de agendamentos (visitas, consultas, atendimento de guichê), o telesales (que é a substituição de equipes de campo por vendedores sentados em suas posições de atendimento.

As empresas têm a necessidade de telefonar maciçamente para uma base de contatos por vários motivos e necessidades diferentes.  As primeiras operações eram constituídas de uma listagem e um telefone em cima de uma mesa, como podemos ver no filme “O Lobo de Wall Street”. Com o tempo, as operações foram se automatizando.

Da discagem manual, diretamente do “disco” (de onde surgiu o termo discar), as operações evoluíram para a discagem por teclas (telefone digital) e depois para a discagem computadorizada (discador preview), que, ao clicar em um nome, a discagem é realizada imediatamente. 

Logo em seguida surgiu o discador power, que é similar ao preview com o diferencial de ter início automático, não necessitando da intervenção do agente.

Baixa Ocupação de Agentes

Todos os modelos citados anteriormente enfrentam o mesmo problema, que é o fato do operador ficar ocioso e aguardando o processo de discagem. Nesse processo, ele escuta:

• Discagem (os sons que chamamos de DTMF)

• Toque (tom de ring ou ringback)

O operador também pode ouvir a caixa postal do celular ou telefone fixo, secretária eletrônica, som de ocupado, mensagem de telefone inexistente, dentre outras possibilidades.

Com isso, percebeu-se que, dentro do turno de 6 horas regulamentado no Brasil, a maior parte do tempo do agente era perdido discando ou ocioso esperando uma chamada.

Se você calcular que algumas dessas operações podem facilmente ter mais de 1000 pessoas envolvidas, percebemos o desperdício de produtividade nesses modelos antigos de discagem.

Abaixo veja um exemplo de cálculo de 1000 pessoas com baixa ocupação para entender o desperdício que isso pode gerar:

• Salário Mensal: 900,00

• Encargos: 70%

• Horas Mensais: 144

• Ocupação: 50%

• 1000 x (R$ 900,00 + R$ 630,00) * 0,5 = R$ 765.000,00

Isso comprova que a baixa ocupação dos agentes, para operações médias ou grandes tem um custo de ineficiência muito grande.

Com essa pressão para reduzir custos, o discador preditivo foi ganhando espaço nas operações, prometendo elevar as ocupações para patamares acima de 80%, e até mais em alguns casos.

Então, como a discagem preditiva consegue atingir esses patamares de ocupação? É claro que para isso ele tem alguns diferenciais. Como vimos, as principais fontes de ineficiência são:

1) O agente é obrigado a ouvir a chamada sendo discada

2) O agente é obrigado a ouvir o ringback.

3) A chamada pode acabar em caixa postal, ocupada, não-existente.

Além dos problemas acima, ainda temos a possibilidade de discar e não encontrar a pessoa certa, que pode ser resolvido com os robôs do CPC.

Vantagens da discagem preditiva

Diferente dos modelos acima, a discagem preditiva consegue elevar a ocupação e, portanto, melhorar a eficiência financeira das operações.

Isso reflete em menor custo para os clientes dessas empresas, porque, com a grande concorrência do setor, as empresas com maior produtividade, que conseguem automatizar suas áreas, acabam sendo obrigadas a repassar parte desses ganhos aos clientes, trocando por Market share.

Como o Discador Preditivo Soluciona os Problemas?   

Problema 1 e 2: O agente é obrigado a ouvir a discagem e o ringback

Solução: Para resolver esse problema, o discador faz o processo de discagem com base em cálculos, e não envolve nenhum agente humano nesse momento. Com o tempo ele aprende que a cada 10 discagens, ele consegue apenas 3 “alôs”, então ele se programa e auto-corrige o tempo todo para entregar chamadas apenas com o “alô” para os agentes do call-center.

Problema 3: Chamadas ocupadas, número não existe, etc

Solução: O discador conta com algoritmos de detecção para secretária eletrônica, mensagem de operadora, dentre outras sinalizações que não interessam entregar ao agente. As palavras-chave aqui são AMD (Answer Machine Detection) e CPA (Call Progress Analysis).

Como é possível observar, os melhores discadores preditivos entregam chamadas melhores, com pessoas reais do outro lado, prontas para conversar, melhorando consideravelmente a produtividade do call-center.

Para realizar todos esses processos com tanta eficiência, o discador precisa, muitas vezes, discar mais chamadas do que precisa. Se algum cálculo sair um pouco errado, por exemplo, se por algum azar todas as chamadas daquele momento durarem um pouco mais, ele será obrigado a descartar algumas chamadas.

O mercado chama tal processo de “drop”. Quanto maior o drop permitido na operação (pois é um parâmetro configurável), maior será a ocupação, mas também a quantidade de clientes que atenderá chamadas que serão desligadas rapidamente sem ter uma continuidade (dropadas).

Então com isso temos uma boa visão do que a discagem preditiva faz para os call-center e telemarketings, e também vemos porque o uso indiscriminado da ferramenta está provocando iniciativas de autorregulamentação e de regulamentação governamental.

Regulamentação nos Estados Unidos

Talvez uma forma de entender o futuro dessa ferramenta seja entender as regulamentações estrangeiras.

Nos Estados Unidos, as regras de televendas são regulamentadas pelo FTC (Federal Trade Comission). As regras do FTC são as seguintes, por campanha:

• Máximo de 3% de drop (abandono)

• Telefone tocar por pelo menos 15 segundos ou 4 rings

• No caso de alô, e não conseguir agentes em 2 segundos, colocar uma gravação com o nome da empresa que está ligando e um telefone de contato.

• Manter documentação auditável dos números acima.

• A cada 30 dias os números são resetados.

A Comissão Federal de Comércio (FTC) e a Comissão Federal de Comunicações (FCC) estão desenvolvendo ações para tentar barrar as chamadas de robôs. O volume de ligações indesejadas, incluindo as feitas por robôs de telemarketing, tem mudado. Foram registradas, pelo FCC, 232 mil em 2018 e 185 mil em 2017.

Os EUA criaram um cadastro em que os consumidores que não querem receber chamadas de telemarketing podem registrar seus números de contato. Entretanto, nos EUA os robôs evoluídos aprenderam a burlar o cadastro.

Segundo dados do FTC, mais de 5 milhões de reclamações foram feitas em 2018 de americanos que se registraram nesse sistema “Do Not Call” e mesmo assim continuaram recebendo ligações de empresas.

Regulamentação na Austrália

A Austrália possui um conjunto de regulamentos nacionais de publicidade conhecidos como Lei do Consumidor da Austrália (ACL), que seguem a precedência estabelecida por legislação semelhante em outros países.

A ACL abrange tópicos como propaganda enganosa, propriedade intelectual e regulamentação de preços – um entendimento completo dessas leis é essencial para os novos negócios australianos e para os profissionais de marketing internacionais.

A Austrália também possui suas próprias leis de marketing relacionadas a chamadas de telemarketing e spam, estabelecidas pela Lei de Spam do país em 2003.

Ao fazer uma chamada de marketing, a gravação ou o agente que faz a ligação deve fornecer informações específicas assim que a ligação é iniciada, como:

  • O nome da pessoa que fez a chamada
  • O nome da empresa ou organização que ela representa
  • O objetivo da chamada

Se solicitado, você também deve estar preparado para fornecer ao destinatário as seguintes informações:

As informações de contato da empresa ou organização que está fazendo a ligação.

O nome e as informações de contato da pessoa em sua organização responsável por lidar com consultas e reclamações.

Além disso, você só pode fazer chamadas de telemarketing durante períodos específicos, ou seja, em dias úteis das 9:00 às 20:00 e aos sábados, das 9:00 às 17:00.

Regulamentação na Inglaterra

No Reino Unido era comum nos anos 90 receber ligações não-solicitadas dez vezes ao dia, assim como acontece no Brasil.

Porém, as agências reguladoras de marketing do Reino Unido começaram a adequar os discadores preditivos a seus códigos de conduta. Sem o monitoramento frequente e penalidades, não houve uma mudança expressiva quanto a isso.

Nos anos 2000 as regras passaram a ser extremamente rígidas para discadores preditivos e têm produtividade limitada. As associações empresariais do país solicitaram que as atividades de outbound passassem a ser opt-out ao invés de opt-in.

Os consumidores também pediram para dar opt-out em escala nacional. Com isso, grande parte dos consumidores aderiram às listas “Do Not Cal” .

Como está a situação no Brasil atualmente?

Atualmente as ações de telemarketing no Brasil precisam estar adequadas às seguintes regras:

  • Do-not-call nacional (sim)
  • Do-not-call estados (sim)
  • Regras de renitência (autorregulamentação)
  • Regras de drop (não)
  • Gravação da chamada (permitida)

Podemos inferir que as regras brasileiras ficarão cada vez mais similares às regras mais rígidas dos países ocidentais mais desenvolvidos, portanto existe uma grande probabilidade de nos aproximarmos cada vez mais dessas realidades e, em alguns casos, até mesmo sermos mais rigorosos.

Alguns exemplos de regulamentações que devem surgir são:

1) Regulamentação do drop.

2) Exigência de falar alguma coisa antes de dropar a chamada.

3) Colocar a opção de opt-out dentro da própria chamada.

4) Ter um 0800 para se cadastrar em um do-not-call não global, ou seja, para aquela empresa específica.

Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que as empresas devem implementar uma lista nacional de consumidores que não querem receber chamadas de telemarketing destinadas a oferecer serviços de telefonia, TV por assinatura e internet.

Essas empresas devem criar e divulgar um canal, pelo qual o consumidor poderá manifestar seu desejo de não receber ligações.

Assim, as empresas ficam proibidas de efetuar ligações telefônicas para oferecer pacotes de serviços de telecomunicações para os consumidores dessas listas. A Anatel também estuda uma forma de combater as ligações mudas e realizadas por robôs, mesmo que objetive vender serviços de empresas não regulamentadas.

As empresas nacionais implementaram a opção de “não perturbe” como compromisso e código de conduta de autorregulamentação das práticas de telemarketing.

Cada vez mais, as empresas deverão limitar os abusos e passar a realizar contato com pessoas realmente interessadas naquela ligação, produto ou serviço.

Discussões sobre o tema no Brasil

Muitas são as reclamações dos consumidores e seus representantes, como é o caso do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) referente às ligações incessantes de robôs, em qualquer horário do dia e da noite.

Para se ter uma ideia, apenas na Anatel foram registradas 11 mil queixas em 5 meses. Segundo uma pesquisa vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, 92,5% dos entrevistados disseram receber ligações indesejadas de telemarketing, sendo que 56% são ofertas de serviços realizadas por robôs.

Com base nesse cenário, muitas operadores preocupadas encaminharam propostas de autorregulamentação à Anatel se comprometendo a mudar suas regras para chamadas dois dias na semana e não mais que três vezes ao dia para o mesmo consumidor, mas isso ainda tem gerado muita discussão.

Ainda não se sabe ao certo como ficará, mas com a Lei Geral de Proteção de Dados que irá entrar em vigor em 2020 e vem para garantir a privacidade e segurança dos dados dos consumidores isso deve mudar.

As operadoras também estão negociando individualmente com os órgãos reguladores. A criação dessas regras sobre vendas e serviços de telecomunicações está sendo conversada no âmbito da revisão do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações da Anatel e deve ir à consulta pública ainda esse ano.

Atualmente, as empresas brasileiras que incomodarem os consumidores podem ser multadas em até R$ 9 milhões. Um projeto de lei procura aumentar isso para R$ 50 milhões.

No Brasil pode acontecer algo parecido. Se a ideia é continuar ligando para os consumidores, oferecendo soluções e serviços, será necessário cortar drasticamente as ligações desagradáveis, tendo regulamentação ou não para controlá-las.

Os consumidores não querem mais ter que atender chamadas que não têm interesse, por isso, quando mais personalizada e seletiva for uma chamada, melhor para a empresa e também para o consumidor.

Isso indica que as empresas devem ter uma preocupação constante e organizar suas chamadas de modo que não atrapalhe a vida dos seus consumidores. Não se trata do fim do telemarketing, e nem de robôs, mas de uma nova era, em que os robôs e atendentes humanos devem ser treinados para não invadir privacidade e ultrapassar limites.

Cobrança: um assunto à parte

No Brasil, a discagem preditiva já chegou ao mercado de cobrança, mas as regulamentações e o Do Not Call não se aplicam às empresas de cobrança, pois existe o entendimento de que é legítimo cobrar dívidas por telefone e, muitas vezes, fica explicitado nos contratos de compra e venda que o cliente poderá ser cobrado por meio de telefone, SMS, WhatsApp e até mesmo presencialmente em casos mais extremos.

Uma nova tendência neste mercado é a cobrança 100% digital, também conhecida como régua digital, mas isso é assunto para outra postagem. Continue acompanhando nosso blog para mais informações.

Como você acha que será o futuro das chamadas de telemarketing? Como sua empresa está lidando com essas regulamentações?

Deixe seu e-mail e receba conteúdos exclusivos

9 razões para melhorar a satisfação do cliente no atendimento

A  satisfação do cliente no atendimento é um conceito crítico para qualquer empresa. Nesse artigo confira um pouco sobre o assunto, aprenda como melhorar a satisfação e a importância de medir o índice de satisfação constantemente. 

Satisfação do cliente é uma métrica usada para quantificar o grau em que um cliente está satisfeito com um produto, serviço ou experiência. Essa métrica geralmente é calculada realizando uma pesquisa de satisfação do cliente que pergunta em uma escala de 0 a 10 como o cliente se sente em relação à interação com o suporte, compra ou experiência geral ou com respostas que vão de “muito insatisfeito” a “muito satisfeito”.

Quando se trata disso, a satisfação do cliente no atendimento é um reflexo de como ele se sente ao interagir com sua marca. Lembre-se que o consumidor é exigente e o tempo de espera em um atendimento pode fazer toda a diferença e influenciar muito no seu grau de satisfação. 

Empresas e marcas quantificam um sentimento positivo ou negativo usando principalmente pesquisas de satisfação do cliente. Essas respostas podem fornecer uma ideia do seu nível médio de satisfação e fidelização do cliente, que prevê a probabilidade de você se tornar referência ou dele indicar a empresa para um amigo.

Se você não medir a satisfação do cliente, não poderá identificar um cliente insatisfeito que pode gerar ou deixar críticas negativas e manchar a reputação da sua marca. Sem medir e pesquisar a satisfação do cliente no atendimento você também não será capaz de identificar clientes satisfeitos que têm potencial de se tornarem embaixadores da marca. Por fim, você não pode prever ou impedir que a rotatividade de clientes ocorra de maneira proativa, sem métricas para análise.

Trate cada cliente como se fosse VIP

Dê a cada cliente o mesmo tratamento excelente que você gostaria de receber. É simples assim! Você pode usar algumas das seguintes abordagens:

  • Agradecer por uma compra, por um contato seja por telefone, online ou pessoalmente.
  • Faça um esforço real para ajudar seus clientes de todas as maneiras possíveis. Seja genuíno.
  • Mantenha suas promessas e integridade. Se você disser que entrará em contato com eles certifique-se de que fará isso! De vez em quando, as empresas esquecem ou deixam de retornar aos seus clientes, que podem muito bem encontrar outro fornecedor nesse meio tempo.

Continue medindo a satisfação do cliente

Estudos mostram que 91% dos clientes insatisfeitos nunca voltarão a uma empresa que prestou um atendimento ruim. Medindo frequentemente a satisfação do consumidor, você pode reduzir o número de clientes insatisfeitos e evitar a rotatividade de clientes. 

Com uma pesquisa de feedback do cliente, você pode descobrir o quão feliz seus clientes estão com você, o que você precisa fazer para melhorar seu produto ou serviço e identificar os clientes que amam seu produto e que poderão gerar mais leads para você. 

Fique de olho no que os clientes dizem sobre você nas mídias sociais

Ao rastrear e monitorar a satisfação do cliente nas mídias sociais, você fica por dentro dos comentários positivos e negativos e pode tomar as medidas apropriadas para resolvê-los. A maioria das pessoas usa o celular 150 vezes por dia e muitas delas recorrem às mídias sociais quando desejam deixar uma reclamação. Aproveite a oportunidade e use as mídias sociais para aumentar a satisfação do cliente.

Aqui está como você pode usar as mídias sociais:

  • Como canal de suporte ao cliente – verifique se você está ativo e responda a seus clientes dentro de 24 horas.
  • Realize sessões de perguntas e respostas, bate-papos ao vivo e tutoriais
  • Monitore menções de marca

9 razões para medir a satisfação do cliente no atendimento?

1- Ajuda a identificar clientes insatisfeitos

Você não pode analisar o feedback dos clientes insatisfeitos ou fazer alterações em seu atendimento, se você não souber que os clientes estão insatisfeitos. Certifique-se de implantar pesquisas de satisfação, analisar e agir com base nos comentários negativos dos clientes para evitar que eles deixem críticas negativas ou falem mal da sua empresa para amigos e conhecidos.

2- Ajuda a identificar clientes satisfeitos

Se você não medir a satisfação do cliente, não poderá identificar seus clientes satisfeitos com seu atendimento, produto e serviço. Empresas em crescimento priorizam o sucesso do cliente, e uma maneira importante de identificar clientes bem-sucedidos é solicitar o feedback do cliente.

São esses clientes satisfeitos que falam bem da sua empresa para amigos e familiares e levam novos clientes para sua empresa, expandindo seus negócios mais rapidamente do que qualquer campanha de marketing, sem nenhum custo de aquisição de clientes. O boca a boca e indicação ainda são ferramentas muito poderosas de conversão. 

Não é apenas mais barato reter um cliente existente do que adquirir um novo, mas os clientes fidelizados gastam mais, assim como os clientes frutos de indicação.

3- Ajuda a planejar o trabalho

Sem medir a satisfação do cliente no atendimento é difícil para as equipes de sucesso do cliente planejar e definir prioridades. Sem métricas sobre a sua base de clientes, as equipes de sucesso do cliente não podem trabalhar com a equipe de Vendas para melhorar as expectativas do cliente, nem com a equipe de Produto para incorporar melhorias ou Marketing para aprimorar a experiência completa do cliente. Os líderes precisam de dados e tendências para prever o desempenho da equipe ao longo do próximo mês, trimestre e ano para adaptar a estratégia, caso seja necessário.

4- Norteia suas estratégias

A satisfação do cliente faz mais do que apenas medir o atendimento ao cliente. Otimiza o desempenho de outros departamentos, fornecendo a eles informações úteis sobre os clientes. Essas informações são usadas para melhorar a experiência do cliente, o que leva a um aumento escalável na satisfação do cliente. 

As equipes de marketing, vendas e desenvolvimento de produtos usam essas pesquisas para orientar seu trabalho e interagir com os clientes. Empresas com excelente satisfação do cliente podem facilmente se envolver com os clientes porque provaram que podem proporcionar uma experiência agradável à marca. 

5- Ajuda os profissionais de marketing a atrair novos leads

A maioria dos clientes têm mais probabilidade de confiar em pessoas do seu ciclo social do que em marketing. De fato, 71% dos clientes ficam mais confortáveis ​​com uma compra depois de lerem uma crítica positiva da empresa. 

Seus profissionais de marketing devem buscar depoimentos positivos de clientes para atrair novos leads para seus negócios. Como os clientes estão mais dispostos a confiar em outros usuários, essas análises são eficazes para atrair clientes em potencial. 

Isso ocorre porque 55% dos clientes estão dispostos a gastar mais dinheiro com uma boa experiência garantida. Quanto melhor a satisfação do cliente no atendimento, mais material os profissionais de marketing terão para divulgar sua marca.

6- Direciona a equipes de vendas

As equipes de vendas se beneficiam das pesquisas de satisfação do cliente porque ajudam a nortear o discurso e convencer stakeholders na hora de fechar negócios e parcerias. Como mencionamos acima, os clientes estão mais dispostos a pagar por uma experiência que eles sabem que é ótima. Se a satisfação do seu cliente for excelente, sua equipe de liderança deve destacar isso.

A satisfação do cliente no atendimento ajuda as equipes de vendas a entender as expectativas dos clientes. Eles podem analisar opiniões de clientes satisfeitos para ver quais partes do seu produto ou serviço podem melhorar. Dessa forma, eles podem aproveitar vantagens distintas que diferenciam seus negócios dos concorrentes.

7- Identifica melhorias de produto ou serviço

Comentários e avaliações negativas de clientes podem servir de base para as empresas avaliarem seus produtos e serviços, corrigirem problemas e implementar melhorias. 

As equipes de desenvolvimento de produtos monitoram a satisfação para identificar esses problemas e resolvê-los rapidamente. Isso é particularmente importante para as empresas de SaaS que atualizam regularmente seu software. Mantendo um olhar atento sobre o CSAT, as equipes de desenvolvimento podem corrigir problemas dos produtos que podem levar à rotatividade.

8- Fidelização de clientes

Se sua empresa tiver satisfação positiva do cliente, você terá clientes leais à sua marca. Esses clientes encaminham novos leads para sua empresa e geram mais depoimentos para sua equipe de marketing. Você pode criar programas de fidelidade para esses usuários e incentivá-los a anunciar em nome da sua empresa.

Os programas de fidelidade recompensam os clientes por encaminhar sua empresa a possíveis leads. Os clientes recebem incentivos para ingressar no programa e recebem presentes ou ofertas em troca de críticas e depoimentos. Isso cria um relacionamento mutuamente benéfico que recompensa seus melhores clientes e os mantém fiéis.

9- Melhora a retenção de clientes

Quanto mais felizes seus clientes estão, melhor será a retenção de clientes. Afinal, clientes satisfeitos não terão muitos motivos para recorrer aos concorrentes.

Por outro lado, os clientes insatisfeitos terão muitas razões para buscar outras empresas e cabe à sua equipe convencê-los do contrário. Ao medir a satisfação do cliente no atendimento você pode observar as necessidades individuais dos clientes e criar ofertas personalizadas para usuários com risco de insatisfação. 

Como 60% dos clientes deixarão uma empresa devido a uma experiência ruim de atendimento ao cliente, você poderá ter apenas uma oportunidade para impedir que alguém atinja esse status. 

Como buscar essas métricas?

Feedback direto

A maneira mais direta de oferecer aos clientes o suporte que eles desejam é solicitando-os diretamente por meio de uma pesquisa de satisfação do cliente. As pesquisas são uma ferramenta útil para coletar dados. Os vários tipos de pesquisas têm como alvo diferentes dados demográficos dos clientes e geram resultados diferentes.

Pesquisas com clientes por aplicativo

Eles são apresentados ao cliente enquanto eles estão usufruindo do seu serviço. Isso significa uma reação imediata e uma taxa de resposta potencialmente alta.

No entanto, as pesquisas no aplicativo devem ser perfeitamente inseridas na interface, para não incomodar ou prejudicar a experiência do usuário. Adicionar uma barra de comentários sutil na parte superior da interface significa ter apenas espaço para uma classificação baseada em símbolos ou uma das duas perguntas. Portanto, seja conciso e direto.

Realize pesquisas após prestação de serviços

Realize pesquisas de satisfação após a prestação de um serviço. Eles podem ocorrer por e-mail, chat ao vivo ou por telefone. É essencial não tornar a coleta de feedback o único objeto da chamada ou mensagem, sem valor agregado para o cliente. Em vez disso, peça feedback imediatamente após a solução de um problema ou ao apresentar um novo recurso. As pesquisas pós-serviço podem ser um pouco mais demoradas que o exemplo anterior.

Pesquisas de clientes por e-mail

Se você deseja fazer perguntas abertas sobre toda a experiência do cliente, o e-mail é o melhor recurso. Você também pode enviar listas de perguntas diferentes para clientes segmentados para fazer perguntas detalhadas sobre sua situação.

Embora essas pesquisas tenham as menores taxas de resposta, elas permitem que os clientes que desejam fazer isso respondam com mais detalhes e realmente ofereçam feedback construtivo. Você pode usar esse feedback detalhado para aumentar a satisfação do cliente de forma mais aprofundada.

Práticas recomendadas da pesquisa

Vimos como as pesquisas podem fornecer informações valiosas e envolver os clientes em um processo direto. No entanto, eles podem ser uma questão complicada de acertar. Aqui estão algumas dicas de como realizar campanhas de pesquisa eficazes e não invasivas:

  • Nunca presuma que o tempo do seu cliente é mais valioso do que o seu: mantenha suas perguntas relevantes para seu objetivo abrangente de fidelidade do cliente.
  • Crie perguntas precisas: seja objetivo e claro, a menos que o formato da sua pesquisa permita mais perguntas em aberto.
  • Faça perguntas inteligentes: não insulte a inteligência do cliente que está respondendo à pesquisa. Além disso, fazer perguntas vagas ou irrelevantes não servirá a nenhum propósito.
  • Mantenha suas escalas de classificação consistentes e transparentes: não misture estrelas e carinhas felizes, nem alterne entre escalas numeradas e notas de letras.

Confira nossos outros artigos:

O que achou das dicas? Elas foram úteis para você? Em caso de dúvidas, deixe um comentário abaixo ou entre em contato

Fontes: How to Measure Customer Satisfaction, and Why It’s So Important – Aircall

What Is Customer Satisfaction? – Hubspot

4 great ways to improve your customer satisfaction – Netigate